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Yalode e herdeira do Axé Ilê Obá

Ela será a sucessora de Mãe Paula de Yansã,
sua mãe biológica, à frente do Axé Ilê Obá.

” O Candomblé é matriarcal!
Viva a Ancestralidade!
 Viva os nossos mais velhos!
 Viva nossos Ogãs e Ekedis! 
Vivas nossos ebomis, yawôs e abiãs!
 Viva a Família Axé Ilê Obá.
 
Nesse final de semana, tivemos a confirmação da continuidade de nosso Egbé – nascimento de Beatriz de Oxum para Orixalidade.
 
A iniciação para a religião do Candomblé requer um período de recolhimento ao Roncó, no qual o filho ou filha de santo passa por rituais que irão prepará-los para a vivência no culto e cultura ancestral da orixalidade. A natureza desse momento transcende qualquer explicação: a conexão do Orí ao seu Orixá.
 
E foi, cumprindo os ritos de nossa tradição que aos nove de dezembro de 2023, Beatriz de Oxum, com um ano e nove meses, foi apresentada como Yalode do Axé Ilê Obá!
 
Beatriz de Oxum, vem a ser a quarta geração que será preparada para assumir o Axé. Seu caminho já foi confirmado pelos búzios. Desejamos que até lá, sua jornada seja de aprendizados e boas escolhas.
 
Quando Pai Caio de Xango, homem negro, que foi preso e torturado pela prática, até então, proibida do Candomblé, é de se imaginar que deve ter perseverado por ter consciência do legado que iria deixar; quando mãe Sylvia de Oxalá, mulher negra, culta, humanista, enfrenta uma sociedade machista e racista, ela também sabia de um propósito maior para a casa que tanto lutou para patrimonializar como primeiro terreiro tombado do Estado de São Paulo; quando a jovem Paula de Yansã, aos 26 anos, se vê sozinha, com a perda de sua mãe, e tem de assumir o Axé Ilê Obá, apesar da dor e do medo, sabe que a luta de seus antepassados não poderia ser em vão.
 
Mãe Paula de Yansã, uma mulher branca, líder numa religião de matriz africana, teve e tem suas batalhas para travar todos os dias. Não se compara às lutas dos que vieram antes, mas é esse respeito; essa dedicação diuturna à manutenção da casa, da tradição culto e cultura dos orixás, que a fazem seguir sem nenhum arrependimento e, hoje, com a coragem e os ensinamentos que sua mãe deixou de exemplo.
 
Já para os que tiveram a honra de ver nascer para o Candomblé a jovem Beatriz de Oxum viram que os Odus designaram o melhor direcionamento para essa joia a ser lapidada.
 
Beatriz de Oxum, que desde a barriga ouve histórias de sua vó, filha da Yalorixá do axé Ilê Obá, crescerá e viverá nesta casa. Também terá suas dificuldades, mas, enquanto sua mãe e a história dos que vieram antes puderem fortalecê-la para enfrentar seus obstáculos, sua família de axé estará com ela pra manter a chama viva de nossa conexão com o sagrado, com a ancestralidade e orixalidade. E são mulheres, cada uma a seu tempo, com o fardo e a benção de perpetuar algo tão importante!
 
Nossa Família está em festa! É muito feliz com esse momento!
Yansã bocifo a todos!  “
 
Mãe Paula de Yansã 🤩🙏💖🦋🌪️💛🌟🌻.
 
Fotos:
Eduardo Cancissu
Fábio Melo
Felipe Marcondes

Asó (roupas): @aterlieokandere
Paramentas: Ferramenteira 

 
 
 

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